sexta-feira, 29 de abril de 2011

Igreja Anglicana (Wikipédia)

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Igreja da Inglaterra
Westminster abbey west.jpg
Abadia de Westminster
Orientação: Reformada e católica
Origem: século XVI
Sede: Church House, Great Smith Street, Londres
Número de Membros: 13,4 milhões
Países em que atua: Inglaterra, Ilha de Man, Ilhas do Canal, Europa Continental, Gibraltar
A Igreja da Inglaterra (em inglês: Church of England), também denominada Igreja Anglicana, é a Igreja cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra e é a matriz principal da atual Comunhão Anglicana ligada à Sé de Canterbury, Inglaterra, bem como é membro-fundador da Comunhão de Porvoo. Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é geralmente denominada de Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos da América e países da América Latina.
A Igreja da Inglaterra compreende-se como católica e reformada:
  • Católica na medida em que se define como uma parte da Igreja Católica [1] de Jesus Cristo, em perfeita e válida continuidade com a Igreja apostólica.
  • Reformada, na medida em que ela foi moldada por alguns dos princípios doutrinários e institucionais da Reforma Protestante do século XVI. O seu caráter mais Reformado encontra-se na expressão dos Trinta e Nove Artigos de Religião, elaborado em 1563[2] como parte do estabelecimento da via média de religião sob a rainha Elisabeth I da Inglaterra. Os costumes e a liturgia da Igreja da Inglaterra, expresso no Livro de Oração Comum (em ingles, The Book of Common Prayer - BCP), são baseados em tradições pré-Reforma, com influência dos princípios da Reforma litúrgica e doutrinária de inspiração protestante.

Índice

Origem do Cristianismo na Grã-Bretanha

Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C.

Mais tarde, no Concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.

A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.

No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, mandou um grupo de monges beneditinos, chefiado pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Sicília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo.

Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária (em ingles, Canterbury), que é a Sé Primaz de referência para a atual Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Com o tempo, boa parte dos costumes da Igreja celta cedeu à forma latina do cristianismo implantada por Agostinho nas terras inglesas.

Em 1534, a Igreja da Inglaterra se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII por conta do conflito havido com o Papa Clemente VII, relacionado com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão[3].

A emancipação da Igreja da Inglaterra da autoridade papal, através da iniciativa do rei Henrique VIII, não transformou a Inglaterra num País verdadeiramente protestante, pois a Igreja permaneceu católica quanto à doutrina[4].

Somente no reinado de sua filha, Elisabeth I, a Igreja se firmará no caminho da via média entre catolicismo e protestantismo, característica que mantém até a presente época.

Assim, não se pode, historicamente, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana.

Anglicanos independentes

Na segunda metade do século 20, por divergências teológicas e pastorais no seio do Anglicanismo, surgiram várias denominações anglicanas independentes, ou continuantes, principalmente na América do Norte, Austrália e em vários países do Terceiro Mundo.

Concomitante a este fenômeno, houve em sentido contrário o aparecimento de movimentos de convergência, nos quais protestantes ou católicos (ex: Velha Igreja Católica) aproximaram-se do Anglicanismo e buscaram estabelecer igrejas com doutrinas e práticas anglicanas.

Anglicanismo no Brasil


Igreja Anglicana brasileira, em Pelotas, Rio Grande do Sul
Para conhecer melhor a distribuição de jurisdições anglicanas no Brasil, veja denominações anglicanas no Brasil

Referências

  1. BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. 2ª Ed. Rio de Janeiro e São Paulo: JUERP / ASTE, 1983. Pg.321s.
  2. CAIRNS, E.E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja Cristã, 2ª ed. São Paulo: Vida Nova Editora, 1995. Pg271.
  3. BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. Vol.1, 3ª Ed. Porto Alegre: Editora Globo, 1975. Pg473s.
  4. BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. Vol.2, 3ª Ed. Porto Alegre: Editora Globo, 1975. Pg474.

Ligações externas


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