sexta-feira, 20 de maio de 2011

Santa Madre Paulina


Santa Madre Paulina
ou Santa Madre Paulina do Agonizante Coração de Jesus

Santa Paulina nasceu na Itália, em Vigolo-Vattaro, no dia 16 de dezembro de 1865, e foi batizada com o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Filha de Napoleão Visintainer e Ana Pianezzer. Sua família muito pobre, com muitos imigrantes italianos, imigrou para o Brasil, mais precisamente em S.Catarina, onde fundaram Nova Trento, quando Amábile tinha 9 anos de idade. Ela sempre quis ser irmã...mas haviam muitas dificuldades, como o fato de sua família ser muito pobre...E com a morte de sua mãe, quando Amábile tinha 22 anos, teve que assumir as responsabilidades da casa, de cuidar de seus irmãos...Até q seu pai contrai novo Matrimônio e o sonho se reaproxima.
Surge uma cancerosa pobre, cuja família não pode cuidar...logo os jesuítas e o povo indicam quem pode se dedicar a ela: Amábile e sua amiga Virgínia...Desse gesto simples, mas cheio de amor, nasce a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no dia 12 de julho de 1890, em um casebre de madeira de 24 m², que receberam de doação. Nesse período Amábile sonha 3 noites consecutivas com Nossa Senhora e assim relata: “Me encontrava diante de um lindo prédio desabitado,de dois andares...Entrei e me deparei em uma sala com duas cadeiras.Súbito, surgiu uma lindíssima senhora, em meio a pequenas flores brancas.Vestia alvíssima túnica e, à cintura, uma faixa azul celeste...logo achei ser Nossa Senhora de Lourdes, pois se vestia igual a imagem da mesma.” Na segunda noite a senhora lhe diz: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” A jovem lhe responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante...” Assim acorda...e na terceira noite dá sua resposta: “Servir-vos Minha querida Mãe...sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!” Nesse mesmo sonho, Maria Santíssima lhe diz que em breve lhe mostrará as filhas que quer confiar aos cuidados da jovem, e assim acontece. Depois de um ano, Amábile se vê diante de um parreiral, onde aparecem entre os cachos de uvas maduras, jovens de diferentes etnias vestidas de branco...e Maria lhe diz: “Eis as filhas que te confio!”
A pobreza é imensa, mas as vocações crescem....para se sustentar, as jovens vão trabalhar na roça à meia, ou seja, metade da produção fica com elas, e metade com o proprietário, e a comida é pirão de farinha com suco de limão.
Após visita do bispo diocesano de Curitiba, Amábile, Virgínia e Teresa, a primeira a se juntar a elas, recebem aprovação e fazem os votos religiosos no dia 07 de dezembro de 1895. Amábile passa a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, Virgínia: Irmã Matilde da Imaculada Conceição, e Teresa: Irmã Inês de São José.
Em 1903, Irmã Paulina se torna Madre Paulina, sendo eleita superiora-geral, em um cargo vitalício. E juntamente com ir.Serafina e uma postulante se transferem para S.Paulo, onde os jesuítas conseguem doação do Conde José Vicente de Azevedo...Vem para morar em uma casa no Ipiranga, onde cuidam dos ex-escravos abandonados, por causa da Abolição da Escravatura, descendentes dos mesmos, e de crianças órfãs. Em 1909, a humildade e obediência de Madre Paulina vão ser testadas até onde muitos poucos puderam suportar... Por causa da intromissão de uma benfeitora, a senhora Ana Brottero, que queria ser consultada e dar ordens em todas as coisas que ocorriam na Congregação, Madre Paulina e uma irmã vão expor o fato ao arcebispo D.Duarte Leopoldo e Silva, que fica do lado da mulher rica e humilha a Madre Paulina, que estava  ajoelhada, dizendo assim: “A senhora está destituída do cargo de superiora-geral, viva e morra na Congregação como súdita, que seja convocado o Primeiro Capítulo-Geral .” E obtém prontamente a resposta dela: “Estou pronta para entregar a Congregação à próxima superiora-geral e o meu único desejo é que a obra de Deus vá adiante.”
D.Duarte manda a Madre Paulina, a fundadora, para um exílio em Bragança Paulista, na S.Casa. O que caracteriza essa fase é exprimida pela frase dita por ela: “Meu desejo é trabalhar, obedecer e morrer abandonada por todas as criaturas desse mundo...recordada somente pelo meu caro Jesus,que tanto amo.Vontade de Deus, paraíso meu!”
Em 1918, Madre Paulina é chamada de volta ao Ipiranga, para servir de fonte histórica para a Congregação, que estava escrevendo sua história, e para ser modelo para as irmãs. Ela se destaca no serviço às irmãs enfermas, na confecção de flores artificiais e de rosários.
Em 1938, novamente sofre uma grande provação: estava fazendo flores artificiais e rosários no porão da casa-geral, quando faz um corte no dedo médio da mão direita, que não foi cuidado. Por causa dos diabetes, a ferida se transformou em gangrena diabética e ela teve que amputar o dedo, e posteriormente o braço... Mas nunca reclamou, nunca se lamentou, nessa ocasião ela disse: “Deus me pediu o dedo, depois o braço. Mas por que negar se sou toda dele? Estou devolvendo aquilo que ele me deu... Que o nome Dele seja louvado em todas as partes, por todas as pessoas e em todos os momentos.”
No ano de 1940, a Congregação fazia 50 anos, e Paulina 50 anos da sua saída de casa. Assim quis deixar seu rico testamento espiritual, de encorajamento, confiança. Na certeza de quem enfrentou muitas tempestades retiramos essas duas frases: “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários!Confiai em Deus e em Maria Imaculada permanecei firmes e ide adiante!”
Madre Paulina foi ficando cada vez mais doente, ficou cega nos últimos meses de vida e veio a falecer no dia 09 de julho de 1942, com 76 anos de idade.
Foi beatificada em Florianópolis pelo papa João Paulo II, em 1991 e canonizada pelo mesmo papa no Vaticano, dia 19 de maio de 2002.
Logo após sua morte muitos ativamente procuraram sua intercessão em orações. Muitos favores e preces foram atendidas e muitos milagres são creditados a suas intercessão.
Encontramos especialmente, vocações a irmandade e cura de doentes aos quais Madre Paulina dava grande amor.
Três relíquias foram feitas após a sua beatificação. Uma foi dada ao Papa João Paulo II , uma ao Convento onde Madre Paulina vivia, outra a Abert Visintainer e a sua família em Monte Carmelo, PA, USA foi dado um pequeno osso do seu dedo.
A ela já foram oficialmente atribuídos dois milagres:
A cura de Eluisa Rosa de Souza que havia sido desengana pelos médicos devido a um choque irreversível no sétimo mês de gravidez. O segundo a cura de Iza Bruna Vieira de Souza com nove anos de um tumor no celebro.
Sua festa é celebrada no dia 9 de julho.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cerimônia de beatificação de Irmã Dulce poderá atrair 70 mil pessoas

Waldheim García Montoya.



São Paulo, 18 mai (EFE).- A Igreja Católica beatificará no próximo domingo na cidade de Salvador Irmã Dulce (1914-1992), conhecida como "o anjo bom da Bahia", que dedicou sua vida aos pobres e doentes.

A missionária nasceu no dia 26 de maio de 1914 em Salvador com o nome Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, e pode se transformar na primeira santa nascida no Brasil, país com o maior número de católicos do mundo.

Em 1932, com 18 anos, Irmã Dulce entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. A beatificação será celebrada no parque de exposições de Salvador e será presidida pelo arcebispo da cidade e cardeal primaz, Murilo Krieger. Segundo estimativa dos organizadores, o ato conta com a presença de 70 mil fiéis e a participação de autoridades civis e religiosas.

Para o cardeal, a beatificação da missionária recai em uma pessoa "frágil, pequena e delicada", que "sempre conseguiu ajudar" os doentes dos quais cuidava.

Da mesma forma que a madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce dedicou sua vida a serviço dos necessitados e desenvolveu uma obra social na Bahia, onde fundou vários hospitais de caridade e uma rede de apoio social que administrou até sua morte, no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos.

A freira baiana chegou a concorrer ao prêmio Nobel da Paz em 1988 e recebeu a visita do então papa João Paulo II pouco antes de morrer, durante a segunda visita do pontífice ao Brasil.

"Durante muito tempo se pensou que santidade era algo do passado ou que só acontecia na Europa", disse Krieger, que em 2002 participou da canonização da freira italiana Amabile Visintainer (1865-1942), que passou a ser chamada Santa Madre Paulina.

O processo de beatificação da Irmã Dulce começou em 1999. Quatro anos depois, em 2003, dez médicos brasileiros e três italianos relataram um "caso extraordinário de cura", milagre que foi reconhecido por unanimidade pela Congregação para as Causas dos Santos.

O milagre ocorreu em janeiro de 2001, quando Claudia Santos de Araújo, de Sergipe, devota da Irmã Dulce, sofreu uma grave hemorragia durante o parto e ficou em coma. Os médicos lhe deram apenas horas de vida.

No entanto, um sacerdote amigo que sabia da fé da mulher na missionária orou pedindo por sua saúde, e em questão de horas ela estava completamente recuperada. Dois dias depois, recebeu alta do hospital com seu bebê, sem explicação médica.

Irmã Dulce foi declarada venerável pelo Vaticano em 2009 e, no ano passado, quando seu corpo foi exumado e transferido para a catedral de Salvador, estava intacto, mumificado naturalmente, o que foi interpretado pela igreja como um sinal de santidade.

"Sua caridade foi maternal, delicada. Sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e trouxe energia e meios para colocar em prática uma impressionante atividade de serviço aos mais humildes", consignou em seu voto um dos teólogos favoráveis à abertura da causa de beatificação.

As Obras Sociais Irmã Dulce, que continua o legado da freira, incluem o Complexo Roma, uma rede de hospitais e centros de saúde para os mais pobres, que atende na Bahia cinco milhões de pessoas anualmente, e o Centro Educativo Santo Antônio. Além disso, a organização administra vários centros de saúde em Salvador.

Se depois da beatificação for comprovado um segundo milagre por sua intercessão, Irmã Dulce poderá se transformar na primeira santa nascida no Brasil, país que até agora só tem no mais alto dos altares Frei Galvão (1739-1822), canonizado no dia 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI durante sua visita ao país.

A Igreja Católica tem santos que desenvolveram sua missão evangelizadora ou social no Brasil, mas nasceram em outros países, como o jesuíta paraguaio São Roque González e a italiana Santa Madre Paulina.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oração Nossa Senhora de Fãtima (Enviada por Swami Salgado)

Mensagem original
De: Rosemere Silva

Ó Senhora de Fátima…/
Dá-me um pouco de tua força para minha fraqueza/
Um pouco da tua coragem para o meu desalento/
Um pouco da tua compreensão para o meu problema/
Um pouco da tua plenitude para o meu vazio/
Um pouco da tua rosa para o meu espinho/
Um pouco da tua certeza para a minha dúvida/
Um pouco do teu sol para o meu inverno/
Um pouco da tua disponibilidade para o meu cansaço/
Um pouco do teu rumo infinito para o meu extravio/
Um pouco da tua neve para o barro do meu pecado/
Um pouco da tua luminosidade para a minha noite/
Um pouco da tua alegria para a minha tristeza/
Um pouco da tua sabedoria para a minha ignorância/
Um pouco do teu amor para o meu rancor/
Um pouco da tua pureza para o meu pecado/
Um pouco da tua vida para a minha morte/
Um pouco da tua transparência para o meu escuro/
Um pouco do teu Filho Jesus para este teu filho pecador/
Com esses poucos, Senhora, eu terei tudo!

sábado, 14 de maio de 2011

Brasileiro é preso no Paquistão após perturbar oração em mesquita (Postado por Erick Oliveira)

Um advogado brasileiro foi preso na tarde desta sexta-feira (13), em Islamabad, no Paquistão, por perturbar uma oração numa das principais mesquitas do país. A embaixada brasileira no Paquistão está em contato com autoridades locais para tentar a liberação do advogado.
Segundo o Itamaraty, o brasileiro foi detido pela segurança da mesquita após ter se alterado e falado alto durante uma oração tradicional da religião mulçumana. Ele foi encaminhado à polícia local e está detido em uma cela com mais uma pessoa.
O comportamento exaltado do brasileiro foi enquadrado pelas autoridades paquistanesas como perturbação da ordem e ofensa religiosa. Mesquitas são locais sagrados para os muçulmanos, onde os visitantes devem ter comportamento resguardado e respeitoso.
A assessoria do Itamaraty confirmou que a embaixada brasileira contratou advogado para acompanhar o caso. Os sinais de desequilíbrio emocional podem ser um atenuante para tentar livrar o brasileiro da acusação de ofensa religiosa, o que poderia facilitar sua libertação.
O brasileiro deve continuar preso pelo menos até este domingo (15). A expectativa é que ele seja deportado para o Brasil. O Itamaraty não soube informar o motivo da viagem do advogado ao Paquistão.
Repercussão
A atitude do brasileiro foi divulgada na mídia paquistanesa. Os sites do "The Dawn" e do "The Express Tribune" afirmam que o advogado bradou palavras de exaltação ao cristianismo e à Virgem Maria durante a passagem pela mesquisa de Faisal, uma das principais do país.
Segundo as reportagens, o brasileiro teria dito à polícia que teve um "encontro com Jesus Cristo" em um sonho. Essa visão teria motivado o advogado a pregar o cristianismo no Paquistão.
O brasileiro teria chegado ao país há, pelo menos, um mês, ficando na cidade de Rawalpindi, no hotel Pearl-Continental. Agora, ele estaria sendo mantido na delegacia de polícia em Margalla, no norte de Islamabad.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bispos criticam união gay em dia de votação do tema no STF (Postado por Erick Oliveira)

Pouco depois de o Supremo Tribunal Federal retomar, no início da tarde desta quinta-feira (5), o julgamento de ações sobre o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo, alguns bispos em São Paulo se manifestaram contra a proposta. Para os religiosos, que estão reunidos na 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no interior do estado, a Igreja defende a família como uma instituição formada por homem e mulher, capaz de gerar filhos.
Dom Anuar Battisti, gaúcho e arcebispo de Maringá (PR), chegou a dizer que chamar de casamento a união entre homossexuais representa uma “agressão frontal” à família. Para ele, se o projeto for aprovado no STF, as pessoas estarão “institucionalizando a destruição da família”. O encontro anual do episcopado ocorre em Aparecida, no Vale do Paraíba. A pauta principal dos religiosos neste ano é eleger a nova direção da CNBB. Eles também discutirão diretrizes da ação evangelizadora.
“O ser humano de fato se realizará na sua profundidade de sua relação na constituição da família a partir de um casal formado por homem e mulher”, afirmou dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte. Questionado sobre o que pensava sobre a adoção de crianças por pais do mesmo sexo, respondeu: “A adoção é um serviço da mais alta nobreza. Só não aceitamos fazer a equiparação com a família. Não é família. É uma comunidade de pessoas”, disse ele, ao se referir aos casais homossexuais que vivem juntos.
Fora da pauta
Polêmico, o assunto foi abordado por jornalistas na entrevista, por volta de 15h30, em que quatro bispos estavam presentes. O porta-voz do evento e arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, tomou o microfone e lembrou que o tema “não é assunto da assembleia” e não está na pauta do encontro, que vai até o dia 13 de maio. Apesar disso, ele se posicionou, dizendo que a Igreja “sempre defende e defenderá o direito das pessoas” e ela é “contra a exclusão”. No entanto, ressaltou que a família “é uma entidade que vem do direito natural”.
Ao dar seu ponto de vista, dom Edney Gouvêa Mattoso, atual bispo diocesano de Nova Friburgo (RJ), pediu discernimento. “Uma coisa é a união civil. A outra é o casamento, que é um sacramento da Igreja. O direito de duas pessoas constituírem patrimônio é consenso, mas não devemos chamar isso de casamento.”
Direitos estendidos
Caso o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária passarão a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.
Para dom Edney, se a proposta for aprovada no STF, “nada vai mudar” no posicionamento da Igreja Católica. “Ela vai continuar defendendo os direitos da família e a nossa fé. Isso também é liberdade.”
O bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Guimarães, afirmou que, se os ministros votarem a favor da união estável entre os casais homossexuais, a Igreja vai precisar reforçar suas posições. “Esse assunto já foi discutido em outros países. No Brasil, devemos dar o exemplo para reforçar nossa ação na criação de convicção nas pessoas. Ainda que a lei permita isso ou aquilo, a minha convicção é essa.”

domingo, 1 de maio de 2011

Fiéis comparecem a vigília de beatificação de João Paulo II

Religião

A freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson e foi curada por um milagre realizado pelo papa, estará presente

Fiéis se concentram em frente ao telão para vigília de beatificação de João Paulo II no Circo Máximo de Roma, Itália Fiéis se concentram em frente ao telão para vigília de beatificação de João Paulo II  no Circo Máximo de Roma, Itália (Giuseppe Cacace/ AFP )
Dezenas de milhares de pessoas estão neste sábado no Circo Máximo de Roma para a vigília da beatificação de João Paulo II. Na cerimônia, discursam o seu secretário particular Stanislaw Dziwisz, seu antigo porta-voz, o espanhol Joaquín Navarro Valls, e a freira francesa Marie Simon-Pierre.
Para chegar à beatificação, foi suficiente provar que João Paulo II intercedeu na cura inexplicável para a ciência humana de Marie Pierre, que sofria de Parkinson, o mesmo mal que devastou sua saúde.

Apesar da chuva que caiu durante a tarde, os fiéis - entre eles milhares de poloneses - desafiaram o mau tempo e lotam o famoso recinto romano utilizado para corridas de carros.

A vigília começou com um vídeo do ano 2000 de João Paulo II durante a Jornada Mundial da Juventude de Roma e prosseguiu com o canto de Jesus Christ you are my life, interpretado pelo Coro de da Diocese de Roma e da Orquestra do Conservatório de Santa Cecilia.
Filippo Monteforte/ AFP
Fiéis seguram velas no Circo Máximo de Roma durante vigília para a beatificação de João Paulo II
Fiéis seguram velas no Circo Máximo de Roma durante vigília para a beatificação de João Paulo II

Fiéis - A Cidade Eterna se transformou para a ocasião, com centenas de cartazes em ônibus, ruas, praças e edifícios públicos com a inscrição "Beatus!" acompanhada da foto do pontífice polonês. Como já é tradicional, o Vaticano minimizou os números e anunciou que cerca de 300.000 a 500.000 fiéis assistirão à cerimônia.

As autoridades da capital adotaram um esquema especial de segurança para o evento, do qual participarão 16 chefes de Estado, além de representantes de 87 delegações estrangeiras. O polêmico presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, proibido pela União Europeia (UE) de entrar em seu território desde 2002 por violações dos Direitos Humanos, já desembarcou em Roma para acompanhar a cerimônia. Na lista de personalidades estão vários príncipes e reis, como os monarcas da Bélgica, Alberto e Paola, e os príncipes da Espanha, Letizia e Felipe.
O novo beato, que está entre os papas que mais tempo ocuparam o trono de Pedro, transformou a face da Igreja em quase 27 anos de pontificado. Muitos esperam que na Praça São Pedro sejam exibidas novamente faixas pedindo "Santo Subito!" (santo já), como ocorreu durante seu funeral, em abril de 2005, um dos maiores já realizados para um pontífice. A beatificação do Papa polonês, que faleceu no dia 2 de abril de 2005, aos 84 anos, é o passo anterior à canonização e acontece em tempo recorde, inferior aos cinco anos normalmente necessários para iniciar o processo.
O caixão de João Paulo II foi levado na sexta-feira de sua sepultura nas grutas do Vaticano para a tumba de São Pedro, a poucos metros, para passar o domingo na nave principal da basílica vaticana, onde será exposto no domingo para a beatificação e posterior veneração dos fiéis. Na segunda-feira à noite, o caixão será colocado definitivamente na capela de São Sebastião, ao lado de onde está localizada a célebre estátua Pietà de Michelangelo, na ala direita da Basílica de São Pedro.
(Com agências EFE e France-Presse)