terça-feira, 23 de agosto de 2011

País tem menor nível de adeptos do catolicismo desde 1872, diz estudo (Postado por Erick Oliveira)

Os dados fazem parte de um mapa de religiões traçado pela FGV. Segundo o estudo, 68,43% da população brasileira se dizia católica em 2009, cerca de 130 milhões de pessoas, o menor percentual desde os primeiros registros realizados no país, em 1872, quando os católicos representavam 99,7% da população.
Conforme o estudo, a proporção de católicos vinha se mantendo constante no início dos anos 2000, mas houve queda de 7,3% dos adeptos ao catolicismo entre 2003 e 2009. A pesquisa reuniu microdados de pesquisas do IBGE com cerca de 200 mil entrevistados na década passada.
Uma das razões apontadas para a queda é o crescimento na proporção dos evangélicos no mesmo período (de 17,9% para 20,3% da população). Além disso, o grupo de pessoas que dizem não pertencer a nenhuma religião subiu, de 5,13% para 6,7% da população. No início da década, o índice dos “sem religião” havia caído, de 7,4% para 5,1%.
Veja a seguir a distribuição das principais religiões no país, segundo a pesquisa:
Ainda segundo a pesquisa, as mulheres continuam mais religiosas do que os homens, mas a proporção se inverteu no período analisado com relação ao catolicismo. Enquanto 71,6% se dizem católicas, 75,4% dos homens expressam pertencer a essa religião. Setenta anos antes, eram 96% e 95%, respectivamente.
Estados e capitais
O Piauí é o estado com maior número de católicos (87,93%), seguido pelo Ceará (81%) e Paraíba (80,25%). Os menos católicos são o Acre (50,73%), Rio de Janeiro (49,83%) e Roraima (46,78%). Roraima é também o estado com maior proporção de sem religião (19,39%), seguido do Rio de Janeiro (15,95%).
Ainda conforme o estudo, a periferia do Rio de Janeiro é a menos católica e menos religiosa de todas as metrópoles brasileiras. No outro extremo está a periferia de Porto Alegre e de Fortaleza, respectivamente, a mais religiosa e a mais católica.
Entre os evangélicos pentecostais, o Acre é o que contabiliza a maior proporção de adeptos (24,18%). Nas demais denominações evangélicas, o líder é o Espírito Santo (15,09%). O Sergipe é o estado com o menor percentual de evangélicos pentecostais (4,75%).
O Rio lidera em religiões espíritas (3,37%) e afro-brasileiras (1,61%), seguido, nos dois casos, pelo Rio Grande do Sul (2,34% de espiritualistas e 0,94% de afro-brasileiras). Já nas religiões orientais ou asiáticas, São Paulo possui o maior nível de adeptos (0,78%), seguido pelo RJ (0,69%) e Distrito Federal (0,52%).
Nas capitais, Boa Vista, Salvador e Porto Velho são as que possuem maior proporção de pessoas sem religião. Teresina é a capital mais católica do país, com 80, 66% de fiéis, seguida de Fortaleza (74,25%) e Florianópolis (73,91%). Boa Vista é a menos católica (40,87%). Os evangélicos são maioria em capitais da região Norte: Rio Branco (28,43%), Belém (23%), Boa Vista (21,21%) e Porto Velho (19,02%).
Renda
Com relação à renda, a grande parte dos sem religião está concentrada na classe E (7,72% deles não possuem religião), seguida pela classe A/B, com 6,91%. O mesmo acontece no catolicismo, que se concentra principalmente entre essas classes.
Evangélicos pentecostais são 14,98% da classe D. Já as igrejas evangélicas mais tradicionais estão mais concentradas na classe AB (8,35%) e C (8,72%). Outras religiões também estão mais concentradas na classe A/B.

domingo, 21 de agosto de 2011

Papa confirma que Rio sediará Jornada da Juventude em 2013

 
Reuters Brasil - ‎há 12 horas‎
MADRI (Reuters) - O papa Bento 16 anunciou no domingo que o Rio de Janeiro será sede em 2013 da próxima Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica, após missa de encerramento da edição deste ano, em Madri, diante de 1,5 milhão de peregrinos. ...
Rio recebe jovens católicos Diário de Pernambuco (Assinatura)
Jornal do Brasil - G1.com.br - Terra Brasil - Último Segundo - iG

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

No segundo dia em Madri, Papa visita mosteiro e Via Crúcis (Postado por Erick Oliveira)

Bento XVI recebeu nesta sexta-feira uma cálida acolhida no mosteiro do Escorial por parte de religiosas e professores universitários, antes de presidir, à tarde, uma Via Crúcis, um dos pontos altos do segundo dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O Papa participa em um encontro com cerca de 1.600 jovens religiosas e professores universitários no mosteiro de San Lorenzo de Escorial, norte de Madri, onde centenas de peregrinos admiram a arquitetura de estilo barroco.
A Via Crúcis - representação dos últimos momentos da vida de Jesus Cristo antes de morrer crucificado - que será representada na tarde desta sexta é um dos atos mais importantes liderados pelo Papa durante esta Jornada, que conclui no domingo.
Nesta celebração devem ser mencionados as violações e abusos sexuais contra crianças e adultos, em um momento em que a hierarquia católica está abalada por escândalos de pedofilia.
Bento XVI, que mais cedo foi recebido pelos reis da Espanha em sua residência, o palácio de Zarzuela, iniciou na quinta-feira sua visita pedindo que os liderem mundiais comandem uma economia centrada no homem.
"A economia não pode funcionar como uma economia autorregulada", declarou o Papa aos jornalistas antes de chegar ao aeroporto de Madri-Barajas, onde foi recebido pelo rei Juan Carlos I e por sua esposa Sofía, pelas principais autoridades espanholas e por uma multidão de jovens peregrinos que participam da JMJ.
O Papa Bento XVI também reconheceu "abusos na história para impor o conceito de verdade e o monoteísmo".
ProtestosNo final da tarde de quinta, a polícia agiu com violência para dispersar os manifestantes que se reuniam na praça Porta do Sol em Madri para protestar contra a visita do Papa.
Os manifestantes, que tinham se reunido na última hora da tarde, foram retirados da Porta do Sol a golpes de cassetetes pelos oficiais, que antes tinham fechado a praça para impedir que se repetissem os confrontos verbais da véspera entre manifestantes 'indignados' e fiéis católicos participantes da JMJ.
A polícia atacou depois de ordenar que as pessoas se dispersassem e quando parecia que os manifestantes estavam indo embora.
No centro, 150 manifestantes, membros do movimento dos "indignados" e de associações de defesa do Estado laico reuniram-se para protestar contra o financiamento público da visita do Papa.
Segundo os organizadores do protesto, as administrações estatal, regional e local gastaram cerca de 100 milhões de euros para a Jornada Mundial da Juventude e na segurança para a visita do Papa.