segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa despede-se do Brasil com um “até breve”

De regresso a Roma, Francisco agradeceu o “acolhimento e o calor da amizade" dos brasileiros.


http://www.publico.pt/mundo/noticia/papa-despedese-do-brasil-com-um-ate-breve-1601607

Pontos positivos da JMJ superaram os contratempos, dizem peregrinos

Trabalho dos voluntários é destacado positivamente.
Falta de banheiros é citado por grande parte dos entrevistados.

 

Affonso Andrade e Cristina Boeckel Do G1 Rio

http://g1.globo.com/jornada-mundial-da-juventude/2013/noticia/2013/07/pontos-positivos-da-jmj-superaram-os-contratempos-dizem-peregrinos.html

domingo, 28 de julho de 2013

"Ele é o cara", diz espírita ao se referir ao papa Francisco

sábado, 27 de julho de 2013

No 6º dia, Papa pede diálogo, paz em protestos e que jovens 'saiam às ruas'

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Papa reafirma combate às injustiças sociais como prioridade da Igreja

O documento de Aparecida posiciona a Igreja contra a globalização. Propõe ações contra a pobreza, sem se envolver com partidos políticos ou ideologias.

Neste terceiro dia no Brasil, o Papa Francisco reafirmou o combate às injustiças sociais como prioridade da Igreja.
Para Francisco foi um reencontro pessoal. O papa argentino, admirador da Padroeira do Brasil, veio à Aparecida, buscar a proteção da Virgem Negra e o entusiasmo dos romeiros. A mesma atmosfera que conheceu em 2007, na 5ª Conferencia Geral dos Bispos da America Latina e do Caribe. E que tornou-se um dos acontecimentos importantes da sua vida.
Desde que assumiu o governo da Igreja, esta talvez tenha sido a imagem de maior comoção pública do Papa Francisco.
Na capela de Aparecida. O Papa também dedicou a Jornada Mundial da Juventude a ela. O arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno recordou aos fiéis que o Santuário já foi visitado por três papas: João Paulo II, em 1980. E por Bento XVI, em 2007.
O presidente da Conferência dos Bispos do Brasil doou ao Papa uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. E o Papa delicadamente a beijou. Esta viagem a Aparecida pode ser considerada como um reinício do pontificado de Francisco. O Papa veio consagrar o documento que vai servir de guia no seu governo.
Em 300 páginas, está a missão social da Igreja contra a miséria e a injustiça. E foi lembrando da Conferência em 2007, que o Papa abriu a sua homilia. Francisco definiu aquele encontro, de seis anos atrás, como um grande momento na vida da Igreja. Com os bispos inspirados pela fé simples dos peregrinos.
O documento de Aparecida posiciona a Igreja contra a globalização. Propõe ações contra a pobreza, sem se envolver com partidos políticos ou ideologias. Segundo o documento, o fracasso do comunismo pode ser comparável ao do capitalismo, que fez aumentar as diferenças entre ricos e pobres.
O Papa seguiu o sermão pedindo aos cristãos esperança e alegria. Um cristão não pode ser triste ou pessimista, disse ele. O Papa propôs uma visão positiva da realidade. Encorajou a generosidade, natural dos jovens, a força da sociedade, disse ele. Alertou para o fascínio que certos ídolos exercem sobre a juventude: “o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos”, afirmou Francisco.
O Papa também reviveu a aparição da estatua da Virgem paulista, no Rio Paraíba, encontrada por três pescadores.
“Três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes nas águas do Rio Paraíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição”, contou o Papa.
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domingo, 21 de julho de 2013

Discursos do papa vão refletir reformulação da Igreja, avalia o teólogo Leonardo Boff

21/07/2013 - 17h07

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os discursos que o papa Francisco vai fazer durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) devem tratar de temas como dignidade, justiça social, solidariedade, direitos humanos, combate à pobreza e à corrupção, ecologia e consumismo. A avaliação é do teólogo e professor Leonardo Boff, para quem os tópicos representam a linha que o papa pretende seguir para transformar a Igreja Católica.
"Creio que ele vai prolongar o discurso que já era característico dele como cardeal em Buenos Aires, dizendo que a pobreza não se combate com a filantropia, se combate com justiça social. E ele disse mais, disse que nenhuma solução é eficaz para os pobres se ela não incluir os próprios pobres", disse em entrevista à Agência Brasil.
Para o teólogo, nessa que será a primeira viagem internacional do papa Francisco, o pontífice deve abordar nos pronunciamentos atitudes concretas para a reformulação da Igreja, como apuração das denúncias de irregularidades no Banco do Vaticano e tolerância zero aos pedófilos. "É um crime que deve ter como punição pelo menos de oito a doze anos de prisão. O papa já depôs a diretoria do Banco do Vaticano e já está preso o tesoureiro que transportou, da Suíça para a Itália, em um aviãozinho, 20 milhões de euros. Então é um homem que não é só o franciscano, da ternura e fraterno com todo mundo, mas é também o jesuíta, que pode ter a mão forte”.
Leonardo Boff assinala que Francisco não deve propor mudanças de forma autoritária. “Ele sabe que pode ter muita resistência na Cúria, por isso convocou oito cardeais vindos do mundo inteiro para juntos, de forma colegiada – e não monárquica e solitariamente – dirigir a Igreja e encabeçar a reforma. Ele se armou de uma estratégia poderosa para que se sinta apoiado. Seguramente ele vai limpar a Cúria Romana dos malfeitos que havia lá dentro de crimes de desvio de dinheiro", explicou.
Na avaliação do professor, o papa vai usar o exemplo pessoal ao pregar apoio aos pobres, tema que, na opinião de Boff, será mais um ponto forte nos discursos da Jornada. "Creio que vamos ter uma Igreja mais simples, mais na linha da espiritualidade franciscana, longe dos palácios. Ele não mora no Palácio do Vaticano, mora na casa dos hóspedes, come com todo mundo, renunciou a todos os títulos de poder”.
O professor acredita que a origem latino-americana do papa Francisco também é um sinal de mudanças que devem ocorrer na Igreja. “É o primeiro papa do terceiro mundo e seguramente vai inaugurar uma dinastia de papas que virão da África da Ásia e da América latina, onde vivem 60% dos católicos. Acho que começa uma nova história da Igreja, com um novo estilo de papado: não mais imperial, monárquico, mas sim pastoral. Ele está mostrando isso. O tempo é curto para ver as consequências, mas todo mundo está se realinhando à forma mais comedida e simples que ele está inaugurando", disse.
Sobre as recentes manifestações populares no país, Leonardo Boff destacou que o papa deve manifestar o desejo de que as autoridades brasileiras ouçam as demandas dos jovens, que pedem melhor qualidade de vida para o povo. "A causa deles é justa e está conforme o Evangelho. (…) Creio que o papa vai fazer um apelo também às autoridades para que escute os cidadãos e não governe de costas para o povo. Acho que ele é um homem corajoso, que fala a verdade. Não usa metáforas e nem discursos vaporizados, que vão escondendo as contradições. Ele fala sobre as contradições e sobre a nossa responsabilidade em resolvê-las", analisou.
O teólogo não acredita que a vinda do papa possa despertar protestos ou manifestações. "Os jovens já entenderam que ele [o papa] está do lado deles e não contra eles. O povo brasileiro é acolhedor e hospitaleiro, não fará manifestações contra o papa. Haverá manifestações ao estilo do que houve até agora, sem auxílio de partido e sem movimentos identificados. É o povo que está na rua reclamando outro tipo de governo, outro tipo de democracia, outro tipo de relação para com a população, que não seja esta autoritária, mediada por políticos corruptos. Essas manifestações poderão continuar e o papa seguramente vai entender e apoiar isso. Seguramente vão abrir ala e aplaudir o papa. (…) Não temo que haja distúrbios, pelo contrário: será muito emblemática a presença dele. Ele é Francisco. Francisco não é um nome. É um projeto de Igreja: diferente, unida, popular, pobre e amante da natureza, chamando todos os seres, como chamava São Francisco, de irmãos e irmãs. Irmãos e irmãs a gente trata bem, cuida e não entra em conflito com eles", concluiu.
Edição: Denise Griesinger
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