Papa sublinha diferenças sociais na missa de beatificação de mártires em Seul
No terceiro dia de visita à Coreia do Sul, Francisco lembrou os que recusaram as “rígidas estruturas sociais do seu tempo”.
Esta é a terceira vez que a Igreja sul-coreana celebra a beatificação de alguns dos seus católicos. Segundo o Vaticano, em 1925, Pio XI proclamou 79 fiéis mortos entre 1839 a 1846. Em 1968, Paulo VI beatificou 24 mártires, perseguidos em 1866. Entre estes mártires destaca-se André Kim Taegon, o primeiro sacerdote católico sul-coreano.
O Cristianismo apareceu na Coreia do Sul não pelas mãos de missionários católicos mas pelos próprios sul-coreanos. O contacto com a religião começou com livros vindos da China. Formada uma comunidade católica, a pregação da palavra de Cristo enfrentou a perseguição, da qual resultou a morte de milhares de pessoas. Estima-se que, actualmente, o país tenha perto de cinco milhões de católicos, cerca de 11% da população, e que todos os anos se tornem fiéis 100 mil pessoas.
À margem da cerimónia, o Papa rezou com familiares de algumas das vítimas do naufrágio do ferry Sewol, em Abril último, no qual morreram mais de 300 pessoas, na sua maioria alunos de escolas sul-coreanas. As famílias entregaram uma carta a Francisco a quem pediram para que não esquecesse as vítimas.